Com passagens por At. Ouriense e Futebol Benfica, onde se encontrava até ao mês passado, Beatriz Passagem representa um reforço de valia para o GD Ilha, da III Divisão, que ainda disputa a Taça de Portugal.
No futebol e na vida tudo muda e Beatriz Passagem é disso exemplo, tendo passado no espaço de poucas semanas de estar no limiar da estreia na Liga BPI a ter de recomeçar em baixo, a partir da III Divisão. A época transata começou com o momento mais alto, a passagem pelo Futebol Benfica, da qual faz um balanço extremamente positivo: “em Agosto fui chamada para um estágio com a equipa A em Portimão, ao qual fui e a partir daí comecei a treinar com a equipa A, sendo chamada para ir para o banco nos jogos da Liga BPI,” revelou.
Com efeito, a guardiã de 19 anos fez parte da convocatória para três jornadas de forma consecutiva, nas partidas ante Damaiense, Marítimo e Amora, não tendo deixado o banco de suplentes. Ao mesmo tempo, conta, “comecei a treinar na equipa B, na qual fui convocada para o jogo contra o Racing Power em que joguei meia parte, o que me levou a ser titular no próximo jogo (NDR: ante o Barreirense) em que ganhámos por 3-1. “Tudo parecia encaminhado para a afirmação num clube histórico, com três meses de notória evolução…mas não – tudo mudou de forma repentina.
Depois dessas partidas das equipas A e B do ‘Fofó’, Beatriz mudou-se para Leiria, explica, “porque não estava bem” numa situação que nada tem que ver com o clube e garante ser apenas de índole pessoal. Felizmente para a talentosa guarda-redes surgiu-lhe a possibilidade de continuar a competir e passou a ser reforço de Janeiro para o Ilha, clube que facilmente mereceu a sua preferência até porque, justifica Beatriz Passagem, “conheço o grupo” e portanto reconhece-lhe a competência e qualidade para regressar aos patamares em que já se encontrou.
Voltar a um clube de Liga BPI em breve é o objetivo pessoal para Beatriz, que antes de representar o Futebol Benfica ainda fez parte dos quadros do Atlético Ouriense, também pertencente ao escalão máximo. No entanto, nega estar, tal como o apelido, de passagem pelo clube – a ideia passa por ajudar as suas companheiras a atingir os objetivos desportivos. “As minhas ambições são ajudar a equipa a chegar longe, à fase de subida à II Divisão, e chegar o mais longe possível na Taça de Portugal”, prova na qual poderá vir a ter pela frente uma equipa de Liga BPI caso leve de vencida o Correlhã na 2ª eliminatória.
Ditou o sorteio que o vencedor dessa partida receberá o Boavista, colocando novamente uma equipa de primeiro escalão na rota da jovem guardiã que ainda há cerca de dois meses representava um dos clubes de maior tradição no futebol feminino português, o Futebol Benfica com o qual até se poderá vir a reencontrar. Para isso acontecer, primeiramente a Ilha terá de ultrapassar duas eliminatórias, agora reforçada por uma guardiã cuja estreia sucedeu este domingo…e de forma promissora: ‘ficha limpa’ na vitória sobre a AD Estação por 2-0.
Rafael Reis - Lado F
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