A tentação irrefreável de controlar o que os jornais publicam posiciona os políticos de forma muito clara no espetro ideológico. Tem um nome e não é bom.
.
Não foi uma, foram duas. Por duas vezes, na reunião da Assembleia Municipal de Leiria da passada sexta-feira, o presidente da Câmara Gonçalo Lopes afirmou que “o populismo não está só nos partidos, está também em muita comunicação social”.
O assunto em causa era a instalação de ilhas urbanas na cidade. Sobre isso o autarca não tem dúvidas de que “houve um aproveitamento populista até com o patrocínio de jornais”.
Face à desinformação de que o tema das ilhas tem sido objeto – “um pratinho para a comunicação”, como descreveu – Gonçalo Lopes tem-se visto “obrigado a explicar” que se trata de uma obra inacabada.
Não foi uma, não foram duas, não foram três. Foram muitas as vezes, ao longo do seu ainda curto mandato, que Gonçalo Lopes acusou o REGIÃO DE LEIRIA de ir atrás do clickbait e de ter uma agenda política própria.
Têm sido várias as tentativas de pressão por parte do autarca. Já perdemos a conta. Desde vídeos nas redes sociais em que responde diretamente a reportagens publicadas pelo nosso jornal, à abordagem intimidatória de jornalistas, até mensagens a reprovar a foto que dele foi escolhida para ilustrar um artigo, a tudo um pouco temos assistido.
Esta tentação irrefreável de controlar o que os jornais publicam posiciona os políticos de forma muito clara no espetro ideológico. Tem um nome e não é bom.
O presidente da Câmara de Leiria lida mal com opiniões contrárias. Isso é notório até na forma desrespeitosa como responde aos seus adversários políticos. Infelizmente, nem todos têm estado à altura para retorquir.
No que toca ao REGIÃO DE LEIRIA, a regra continuará a ser esta: afirmar, sem receios, que o rei vai nu se esse for o caso.
O jornal representa os cidadãos. É sua função perguntar, exigir explicações, constituir-se como fórum de opiniões diferentes para tudo o que envolve a comunidade e é do interesse público.
Na redação do REGIÃO DE LEIRIA, não há memória de autarcas com este tipo de postura, que coagissem o jornal desta forma. Dá-se o insólito de Gonçalo Lopes ser o mais jovem presidente de Câmara que Leiria já teve.
A caminho dos 50 anos do 25 de Abril – que se assinalam em 2024 – chegamos à triste e preocupante conclusão de que a democracia é um bem extremamente frágil e que as suas maiores ameaças andam afinal muito bem disfarçadas.
.
Não foi uma, foram duas. Por duas vezes, na reunião da Assembleia Municipal de Leiria da passada sexta-feira, o presidente da Câmara Gonçalo Lopes afirmou que “o populismo não está só nos partidos, está também em muita comunicação social”.
O assunto em causa era a instalação de ilhas urbanas na cidade. Sobre isso o autarca não tem dúvidas de que “houve um aproveitamento populista até com o patrocínio de jornais”.
Face à desinformação de que o tema das ilhas tem sido objeto – “um pratinho para a comunicação”, como descreveu – Gonçalo Lopes tem-se visto “obrigado a explicar” que se trata de uma obra inacabada.
Não foi uma, não foram duas, não foram três. Foram muitas as vezes, ao longo do seu ainda curto mandato, que Gonçalo Lopes acusou o REGIÃO DE LEIRIA de ir atrás do clickbait e de ter uma agenda política própria.
Têm sido várias as tentativas de pressão por parte do autarca. Já perdemos a conta. Desde vídeos nas redes sociais em que responde diretamente a reportagens publicadas pelo nosso jornal, à abordagem intimidatória de jornalistas, até mensagens a reprovar a foto que dele foi escolhida para ilustrar um artigo, a tudo um pouco temos assistido.
Esta tentação irrefreável de controlar o que os jornais publicam posiciona os políticos de forma muito clara no espetro ideológico. Tem um nome e não é bom.
O presidente da Câmara de Leiria lida mal com opiniões contrárias. Isso é notório até na forma desrespeitosa como responde aos seus adversários políticos. Infelizmente, nem todos têm estado à altura para retorquir.
No que toca ao REGIÃO DE LEIRIA, a regra continuará a ser esta: afirmar, sem receios, que o rei vai nu se esse for o caso.
O jornal representa os cidadãos. É sua função perguntar, exigir explicações, constituir-se como fórum de opiniões diferentes para tudo o que envolve a comunidade e é do interesse público.
Na redação do REGIÃO DE LEIRIA, não há memória de autarcas com este tipo de postura, que coagissem o jornal desta forma. Dá-se o insólito de Gonçalo Lopes ser o mais jovem presidente de Câmara que Leiria já teve.
A caminho dos 50 anos do 25 de Abril – que se assinalam em 2024 – chegamos à triste e preocupante conclusão de que a democracia é um bem extremamente frágil e que as suas maiores ameaças andam afinal muito bem disfarçadas.
in Região de Leiria, 23 fevereiro 2023
Gosto do artigo, não sei se concorde ou não, mas gosto que se questione.Que não se dê tudo como garantido e nos últimos tempos parece que este presidente descobriu a pólvora..."festas e bolos e calas os tolos"
ResponderEliminarPolitiquices.
ResponderEliminarO Região de Leiria sempre levou a direita ao colo. Nada de estranhar este artigo
ResponderEliminar