Cerca de 90 camiões vão fazer, diariamente, o transporte de efluentes para a ETES, a construir em Amor. O cenário preocupa os representantes da Junta e da Câmara de Leiria.
Amorim Alves, presidente da Junta de Amor, nem queria acreditar quando, numa reunião recente com representantes da Recilis, lhe foi confirmando que o transporte dos efluentes para a ETES (Estação de Tratamento de Efluentes Suinícolas), a construir naquela freguesia, será feito por camiões e não por condutas, como inicialmente estava previsto.
As estimativas apontam para uma circulação diária de cerca de 90 viaturas. Uma situação que também apanhou de surpresa a Câmara de Leiria, a avaliar pelas palavras proferidas pelo presidente, Raul Castro, durante a última sessão da Assembleia Municipal, realizado na sexta-feira.
“Fomos surpreendidos por entidades oficiais terem permitido esta alteração ao projecto, para que o transporte seja feito por 90 veículos pesados/dia. Temos de encontrar uma solução para as estradas a utilizar”, disse Raul Castro, em resposta a uma intervenção do deputado municipal Carlos Barbeiro (PS). “Isto trará impactos, com a destruição das vias e maus cheiros”, advertiu o eleito socialista.
David Neves, presidente da Recilis, empresa que detém a Valoragudo (entidade promotora da ETES), explica que “aquando do redimensionamento da capacidade da ETES, dos 1600 para os 900 metros cúbicos de efluentes, entendeu-se deixar as condutas para uma fase posterior”. Segundo diz, a decisão teve por base a “complexidade” e o volume de investimento que o projecto das condutas envolve.
Jornal de Leiria
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