António dos Santos (Clemente) nasceu a 24 de abril de 1888 no Casal dos Claros, filho de Clemente dos Santos (exposto na Santa Casa de Misericórdia de Lisboa) e Inácia Filipe (natural dos Barreiros).
A 10 de novembro de 1907, com 19 anos, casa na Igreja de Amor com Joaquina Margarida da Silva, natural da Coucinheira. Nos próximos anos o casal irá mudar algumas vezes de residência, alternando entre o Casal dos Claros e os Barreiros.
A 14 de setembro de 1911 passará a integrar o exército português, tendo estado aquartelado em Leiria.
Integrou o Corpo Expedicionário Português como 2.º Sargento n.º 323 da 2.ª Companhia, passando a fazer parte da Infantaria n.º7.
Embarcando com a sua companhia a 20 de janeiro de 1917 de Lisboa para o porto de Brest, em França. Pouco se sabe sobre este período da sua vida, para além de ter sido ferido em combate a 26 de agosto desse ano e evacuado para o Hospital de Sangue, recebendo alta no dia 31.
Desconhece-se quando regressa a Portugal, mas a 10 de junho de 1919, a sua esposa tem um terceiro filho, assumindo-se que tenha regressado, pelo menos, “9 meses” antes.
Em agosto de 1920, regressará à zona de combate, para integrar uma comitiva de treze atletas que iriam representar Portugal nos VII Jogos Olímpicos da era moderna, a decorrer na cidade belga de Antuérpia. Aí, ajudará a equipa portuguesa de tiro a classificar-se num respeitável 8.º lugar, entre quinze nações na competição de tiro olímpico.
Nos próximos anos, o 2º Sargento Santos irá acumular prémios e medalhas nacionais, tendo estabelecido vários recordes nacionais nas categorias de pistola livre a 50 metros e pistola de guerra a 25 metros.
Voltará a ser escolhido para representar o país nos Jogos Olímpicos de 1932, mas por motivos desconhecidos, acaba por não partir para Los Angeles, e desgostoso deixa de participar em competições.
Faleceu a 14 de janeiro de 1968 na Marinha Grande, deixando descendência.
Encontra-se homenageado na freguesia com uma rua no seu nome – Rua Sargento Santos -, que origina e acaba na Rua Central, fazendo o acesso ao Centro Recreativo e Cultural 22 de Junho – Amor.
Retirado de https://arquivodememorialeiria.wordpress.com/
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