A empresa espanhola Genia Bioenergy, responsável pela unidade de biometano a construir na freguesia de Amor, no concelho de Leiria, estabeleceu um acordo para a cedência de 40% do seu capital à Repsol.
“O acordo inclui 19 das suas centrais de biometano que se encontram em fase de desenvolvimento, existindo outros 11 projetos em fase inicial”, explicou em comunicado na quinta-feira, dia 11, a Repsol.
Esta empresa “adquirirá a totalidade do gás produzido por estes projetos, que constituirão uma plataforma única para criar ecossistemas agroindustriais capazes de oferecer soluções para a valorização dos seus resíduos”, adianta.
Quanto à fábrica em Amor - sobre a qual decorreu uma sessão de esclarecimento na localidade, na quarta-feira, depois do fecho desta edição – uma fonte da Genia Bioenergy disse ao REGIÃO DE LEIRIA que o acordo com a Repsol “significa uma garantia adicional da sua permanência”, pois permitir-lhe-á “não depender de fundos de investimento”.
A unidade d e Amor “ será uma ferramenta para a indústria agroalimentar, produtores de resíduos, sector primário e a pecuária em Leiria (e mais tarde noutras localidades portuguesas) para reduzir custos, melhorar a sua competitividade, gerar uma economia circular baseada na revalorização dos resíduos e evitar um maior impacto no ambiente”, adiantou.
O diretor executivo (CEO) da Genia Bioenergy, Gabriel Butler, já tinha afirmado em fevereiro deste ano que a empresa “tem a intenção de avançar com novos projetos em Portugal”, embora neste momento esteja “muito focada na unidade de biometano da freguesia de Amor e a trabalhar para que seja uma realidade o mais brevemente possível”. “Será um exemplo para futuros projetos em Portugal e uma referência de sustentabilidade”, frisou.
O presidente da Junta de Freguesia de Amor, Adriano Neto, mostra-se otimista: “Não tenho dúvidas de que é um bom projeto. Espero que esta solução acabe com o problema [da poluição] que temos diariamente e penso que não haverá a questão dos cheiros”. Quanto à evolução da fábrica – produção de biometano, biofertilizantes e aproveitamento da água dos efluentes – o CEO da Genia Bioenergy esperava em fevereiro obter as autorizações para iniciar a construção em nove meses. A obra levará de 12 a 15 meses a construir.
Região de Leiria
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